Organizações políticas e sociais de esquerda dos Estados Unidos estão a apelar, na imprensa e nas redes sociais, a acções globais contra Trump, «o novo rosto do imperialismo estado-unidense».

A nova administração norte-americana, encabeçada pelo presidente eleito Donald Trump, toma posse no próximo dia 20.

O movimento #J20Resist apelou ao protesto «contra as continuadas guerras estado-unidenses que pretendem dominar o mundo».

«A nova administração de Trump começa prometendo: – Aumentar a despesa militar dos EUA e a capacidade de fazer a guerra; – Aumentar os ataques contra latinas/os muçulmanos e outras comunidades imigrantes e oprimidas; – Expandir a capacidade das armas nucleares dos EUA; – Eliminar as regulações ambientais e dar impunidade aos contaminadores corporativos e militares; Aumentar a repressão estatal contra os povos negro, indígena e oprimido; – Lançar um ataque frontal contra a classe trabalhadora estado-unidense», lê-se no apelo.

Assim, a 20, em Washington e em outras cidades dos EUA, centenas e milhares de pessoas «descerão às ruas para protestar contra esta agenda de guerra e racismo».

Para o #J20Resist, «seja a Hillary Clinton dos democratas ou o Donald Trump republicano a ocupar a Casa Branca, o imperialismo estado-unidense representará uma ameaça para a paz». Ambos os candidatos «competiram por superar o outro no entusiasmo pelas guerras, a repressão e os planos de austeridade, e na sua devoção às ambições do capitalismo estado-unidense».

A «manifestação de resistência sem precedentes» marcada para 20 de Janeiro oferece uma oportunidade para a mobilização popular «contra a guerra e o racismo e para defender os interesses das trabalhadoras e dos trabalhadores em todo o mundo».